Todos são jornalistas no Twitter?
Ontem foi dia de apagão. E como se sabe, virou hype e eu também entrei na onda. Mas eu vi um monte de gente "chupa velha mídia" ou "enquanto as prensas estão paradas o twitter está a todo o vapor" e coisas nesse gênero.
Para os que se acham jornalistas por twittar o acontecimento obvio eu digo, sem meias palavras: vão dar meia hora de cu! Blogueiros ou twitteiros JAMAIS vão substituir o jornalista e o papel do jornal (sem trocadilho) no cotidiano, não pelo menos como essas pessoas sonham. E eu não estou falando do jornalista com diploma pois deus sabe, mesmo eu não acreditando nele, que eu sempre fui contra essa ferramenta nojenta da ditadura, que é a obrigatoriedade de diploma para ser jornalista. Mas jornalismo se faz com duas coisas: vocação e talento.
Quando você ler uma matéria sobre o apagão "na velha mídia" não vai ter apenas "apagão atinge 5 estados" e sim analise, opinião, debate. Onde estavamos, para onde fomos e para onde devemos ir.
Quando a Rússia invadiu a Georgia eu estava em SP e comprei o Estadão para ler. Dentro uma matéria do Lourival Sant'Anna como correspondente na zona do conflito. Foi sem duvida uma das melhoras peças que eu ja li. Ele informava o ocorrido, retratava sua própria situação e dos moradores da zona de conflito com tantas cores e nuances que era como se eu estivesse lendo um livro e não uma peça jornalistica, no melhor estilo jornalismo literário. Claro que isso tudo foi devido ao talendo do jornalista e não do veiculo. Mas eu duvido que se ele escrevesse para o mariachiquinha.com eles o mandariam como correspondente de guerra. Alias um grande correspondente de guerra que tivemos, mas de veiculo televisivo é o Pedro Bial. Sim, o mesmo que apresenta o Big Brother. Se não acredita procure pelas matérias dele na guerra dos Balcãs. Enfim, ver o trabalho dos bons jornalistas é algo unico.
Entendam uma coisa: jornalismo depende vocação e talento. Isso por parte do profissional. Mas para ele colocar tudo isso em "funcionamento" ele precisa de estrutura. E além da estrutura, um sobrenome da "velha mídia" abre muitas portas.
Portanto, se ontem durante o apagão você twittou "Não tem luz na minha rua" e por isso acha que você furou a "velha mídia", pensando bem em vez de dar só meia hora de cu, vai dar uma hora completa.
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Para os que se acham jornalistas por twittar o acontecimento obvio eu digo, sem meias palavras: vão dar meia hora de cu! Blogueiros ou twitteiros JAMAIS vão substituir o jornalista e o papel do jornal (sem trocadilho) no cotidiano, não pelo menos como essas pessoas sonham. E eu não estou falando do jornalista com diploma pois deus sabe, mesmo eu não acreditando nele, que eu sempre fui contra essa ferramenta nojenta da ditadura, que é a obrigatoriedade de diploma para ser jornalista. Mas jornalismo se faz com duas coisas: vocação e talento.
Quando você ler uma matéria sobre o apagão "na velha mídia" não vai ter apenas "apagão atinge 5 estados" e sim analise, opinião, debate. Onde estavamos, para onde fomos e para onde devemos ir.
Quando a Rússia invadiu a Georgia eu estava em SP e comprei o Estadão para ler. Dentro uma matéria do Lourival Sant'Anna como correspondente na zona do conflito. Foi sem duvida uma das melhoras peças que eu ja li. Ele informava o ocorrido, retratava sua própria situação e dos moradores da zona de conflito com tantas cores e nuances que era como se eu estivesse lendo um livro e não uma peça jornalistica, no melhor estilo jornalismo literário. Claro que isso tudo foi devido ao talendo do jornalista e não do veiculo. Mas eu duvido que se ele escrevesse para o mariachiquinha.com eles o mandariam como correspondente de guerra. Alias um grande correspondente de guerra que tivemos, mas de veiculo televisivo é o Pedro Bial. Sim, o mesmo que apresenta o Big Brother. Se não acredita procure pelas matérias dele na guerra dos Balcãs. Enfim, ver o trabalho dos bons jornalistas é algo unico.
Entendam uma coisa: jornalismo depende vocação e talento. Isso por parte do profissional. Mas para ele colocar tudo isso em "funcionamento" ele precisa de estrutura. E além da estrutura, um sobrenome da "velha mídia" abre muitas portas.
Portanto, se ontem durante o apagão você twittou "Não tem luz na minha rua" e por isso acha que você furou a "velha mídia", pensando bem em vez de dar só meia hora de cu, vai dar uma hora completa.