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Será que você acertou torcendo pela Vivendi?

Soubemos a pouco que a Vivendi venceu a briga com a Telefônica pelo controle da GVT, a queridinha das empresas de telecomunicações no Brasil.
Muita, mas muita gente torceu contra a Telefônica, sem saber exatamente quem era o oponente. Pois vamos lá:


A Vivendi é uma das maiores empresas criadoras de conteúdo do mundo, dona da Canal +, Universal Music, Activision Blizzard e 20% das ações da NBC Universal (lar de 30 Rock e de diversos filmes que adoramos) alem de várias outras empresas nos mais diversos segmentos como propaganda e telecomunicações, onde eles operam a segunda maior na França (SFR) e uma companhia de telecom no Marrocos. Em telecomunicações eles não são tão expressivos quanto são em conteudo né? Isso porque o core business deles é conteudo. O resto são oportunidades. Sem duvidas uma empresa enorme, com dinheiro para expandir as operações da GVT e transforma-la de uma operação pequena para algo que realmente pode incomodar a concorrência.

Mas pense comigo: se você é uma grande produtora de conteúdo, sendo que a maior parte de seu lucro vem desse segmento, você deixaria que pessoas roubassem (vamos ser diretos, ok?) o seu dinheiro e ainda usando o sua infra-estrutura?
Não, eu não sou contra os produtores de conteúdo terem lucro por algo que eles criaram, eu costumo comprar filmes e series quando eu gosto, apesar de converte-los em formato digital. Mas eu baixo séries que estão temporadas e temporadas a frente nos EUA e aqui ainda estão passando 2 temporadas atrasado. Eu baixo filmes que apesar de terem sido lançados a meses lá fora aqui nada, como por exemplo "Rebobine por favor". Mas isso aos olhos da industria é pirataria, roubo de direitos autorais. E é um direito da industria fazer todo o possível para impedir que eles tenham seus direitos violados.

Você sabe o que é HADOPI? Em poucas palavras e uma lei francesa (que coincidencia, pais de origem da Vivendi) para proteção de direitos autorais extremamente rígida (a mais rígida do mundo), mas complicada de ser aplicada pela própria natureza da internet. Basicamente quando você é pego violando o direito autoral de alguem por duas vezes você recebe uma "reprimenda" e na terceira você é processado e pode ter seu acesso a internet bloqueado por 1 ano alem de demais sanções. Como vêem é complicada e difícil de ser aplicada, uma vez que você pode ir em qualquer cybercafe e usar a conexão. Mas como se sabe as leis não existem para serem aplicadas e sim para criar medo de modo que você pense duas vezes antes de cometer alguma ilegalidade.

O CEO da Vivendi, Sr. Jean-Bernard Levy é, claro, um grande entusiasta dessa lei. E já esta fazendo lobby para os paises vizinhos adotarem legislação parecida.

Essa é a Vivendi.


A outra é a Telefônica, bastante conhecida dos paulistas e com fama pelo resto do pais. Uma empresa de telecomunicações que opera em vários mercados ao redor do mundo no setor de telecomunicações. Claro que a Telefônica teve problemas gravíssimos e mesmo inadmissíveis a algum tempo atrás devido, acredito, a projeções errôneas de mercado. Mas o core business dela é esse: telecom. Não vender filmes ou musica. Se vender usando a rede dela, ótimo. Senão, ótimo também. Como alguns sabem eu sou paulista e usei serviços deles por anos. Em 2004 eu já tinha conexão de 8Mbps em São Paulo e tenho que dizer, na velocidade contratada e com confiabilidade (coisa que eu não tenho da Oi).

Tenho que dizer que, entre essas duas eu escolheria a Telefônica sem pensar 2 vezes. Se fosse entre a Telefônica e digamos a Deutsche Telekom, eu escolheria a alemã também sem pensar duas vezes.

Mas nessa historia toda nem tudo é tristeza e lagrimas... se você esta disposto a pagar por conteúdo o futuro tende a ser brilhante. Se você tem o modo de transporte e o produto, você pode oferecer ele de modo barato e conveniente. Yeah baby, estou falando de IPTV e download de musicas. Uma vez que você é o dono do conteúdo uma barreira já foi transposta e se ainda tiver o transporte, wow, você esta com a faca e o queijo na mão, como se diz por ai.

Eu assinaria o serviço de conteúdo "on demand" e me regozijaria em ter opções para comprar audio-visual legalmente sem a estupidez que vemos hoje na internet brasileira como por exemplo UOL musica é um lixo com musica com DRM que me impede de usar ele no Mac e o mesmo na Saraiva, que apesar de ter video para locação em modo digital, só funciona no windows devido a, mais uma vez, DRM.

Pois então é isso... se você esta disposto a pagar por conteúdo, acertou em cheio torcendo pela Vivendi. Se você quiser continuar acompanhando 30 Rock antes de ele passar no Brasil ou quiser baixar o arquivo internet.zip, bem... acho que a alternativa era melhor.

Abaixo um video do presidente da Vivendi falando no MidemNet Forum 2008:




Um video bastante interessante para falar a verdade.

Tem uma opinião diferente? Deixa ela ai nos comentários e debateremos.
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Todos são jornalistas no Twitter?


Ontem foi dia de apagão. E como se sabe, virou hype e eu também entrei na onda. Mas eu vi um monte de gente "chupa velha mídia" ou "enquanto as prensas estão paradas o twitter está a todo o vapor" e coisas nesse gênero.

Para os que se acham jornalistas por twittar o acontecimento obvio eu digo, sem meias palavras: vão dar meia hora de cu! Blogueiros ou twitteiros JAMAIS vão substituir o jornalista e o papel do jornal (sem trocadilho) no cotidiano, não pelo menos como essas pessoas sonham. E eu não estou falando do jornalista com diploma pois deus sabe, mesmo eu não acreditando nele, que eu sempre fui contra essa ferramenta nojenta da ditadura, que é a obrigatoriedade de diploma para ser jornalista. Mas jornalismo se faz com duas coisas: vocação e talento.

Quando você ler uma matéria sobre o apagão "na velha mídia" não vai ter apenas "apagão atinge 5 estados" e sim analise, opinião, debate. Onde estavamos, para onde fomos e para onde devemos ir.

Quando a Rússia invadiu a Georgia eu estava em SP e comprei o Estadão para ler. Dentro uma matéria do Lourival Sant'Anna como correspondente na zona do conflito. Foi sem duvida uma das melhoras peças que eu ja li. Ele informava o ocorrido, retratava sua própria situação e dos moradores da zona de conflito com tantas cores e nuances que era como se eu estivesse lendo um livro e não uma peça jornalistica, no melhor estilo jornalismo literário. Claro que isso tudo foi devido ao talendo do jornalista e não do veiculo. Mas eu duvido que se ele escrevesse para o mariachiquinha.com eles o mandariam como correspondente de guerra. Alias um grande correspondente de guerra que tivemos, mas de veiculo televisivo é o Pedro Bial. Sim, o mesmo que apresenta o Big Brother. Se não acredita procure pelas matérias dele na guerra dos Balcãs. Enfim, ver o trabalho dos bons jornalistas é algo unico.

Entendam uma coisa: jornalismo depende vocação e talento. Isso por parte do profissional. Mas para ele colocar tudo isso em "funcionamento" ele precisa de estrutura. E além da estrutura, um sobrenome da "velha mídia" abre muitas portas.

Portanto, se ontem durante o apagão você twittou "Não tem luz na minha rua" e por isso acha que você furou a "velha mídia", pensando bem em vez de dar só meia hora de cu, vai dar uma hora completa.
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O estranho senso de justiça

Analisemos a seguinte situação:
Dois criminosos, um é um semi-alfabetizado pedreiro e outro um promotor de justiça.

Ambos cometeram o mesmo crime: Assassinaram a esposa grávida a sangue frio. Ambos concordamos que é um crime horrendo e ambos merecem toda a força da lei caindo sobre eles.
Mas vejam bem... ambos cometeram o mesmo crime, sujeitos exatamente às mesmas penalidades impostas pelo mesmo artigo do código penal.
Agora aqui esta o detalhe onde mora o diabo: Apesar de terem cometido o mesmo crime o promotor vai ter o privilegio de ter uma cela especial com outros criminosos com curso superior E será julgado pelos seus pares e não um júri composto por cidadãos escolhidos aleatoriamente.

É justo isso? O correto não seria ambos serem punidos da mesma forma já que cometeram o mesmo crime? Existe justiça no fato de um estar em sua cela individual ou com mais um com TV, radio e alguns outros confortos, enquanto o pedreiro está dividindo a cela com mais vinte? Um vai ser julgado por seus colegas de toga e profissão enquanto o outro por um júri aleatório?

Não há razão para criminosos letrados serem tratados de modo diferente, ainda mais porque sendo letrados eles deveriam entender ainda mais a implicação de seus atos. O mesmo paralelo nós podemos usar para alguns deputados, que apesar de cometerem crimes, não podem ser julgados fora do STF por causa do mandato.

Não há como deixar de concordar que isso é um absurdo em termos do que definimos como o que é justo. A não ser que você seja um promotor pensando em assassinar sua esposa ou um deputado pensando em cometer um crime.

O correto é: não importa o nível de estudo, o background ou as condições financeiras, o correto é todos terem o mesmo tratamento perante as leis (todos são iguais perante a lei, lembra algo?) claro com os advogados fazendo o seu trabalho de atenuação de pena, etc. Mas ESSENCIALMENTE todos devem ter o mesmo nível de tratamento por parte da justiça para os mesmos delitos.

Bem esse é o meu senso de justiça.

E de acordo com esse meu senso eu pergunto: qual a diferença entra a tal Tessalia (@twittess) a Rosana Herman (@rosana) e o Edney Souza (@interney)? Falando estritamente de uso de scripts, não de textos, não de background. Ou seja, falando somente do "delito" que é sabido que os 3 cometeram. Por que são julgados de modo totalmente diferente se todos usaram o mesmo subterfúgio?

Se sua critica é pelo conteúdo do que ela escreve ou não escreve, Ok, mas só lembrando que nem todos gostam de Monty Python assim como nem todos gostam de Friends. Cara um tem seu publico e nem sempre esses públicos são coincidentes.

Você pode estar sendo usado como bucha de canhão ou massa de manobra em uma batalha pela conquista de corações e mentes na Internet e sequer se deu conta disso.

Discorda? Concorda? Se tem uma opinião a respeito, comente!

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Notas de ontem: Post pago!

Assunto de anos atrás mas que voltou a mesa de discussão por esses dias: o tal do post pago.

Vamos por partes: o cara tem um blog, trabalha anos para criar uma personagem que será a cara desse blog e angaria algumas milhares de visitas eventuais, centenas de admiradores e dezenas de paga-paus. Certo, ele dedicou energia para atingir esse objetivo e claro merece ser recompensado monetariamente por isso. De que forma? Através de links patrocinados e dos tais publitoriais, onde ele usa a sua influencia sobre o gado para vender uma marca e ou produto. Ai rola o tal do "endorsment" ao produto/marca.


Normal, é assim que funciona a propaganda: pega-se alguem famoso (ou nem tanto) e a coloca na sua tela falando sobre um determinado produto, dando o endorsment dela. Só que enquanto esses famosos tem sua imagem / simpatia geralmente ligada a um personagem de novela ou qualquer outro programa na TV e em geral é essa imagem que a agencia compra (e também ninguém liga se ela passa a representar marcas opostas, pois a imagem dela é etérea e ligada a um programa efémero). Já um blogueiro só tem uma coisa: sua palavra, independência, carisma, identificação ou como quer que queira chamar. Se em um curto espaço de tempo ele tem sua palavra alterada sem motivo aparente (pelo menos não aparente ao leitor) fica uma situação meio chata. Afinal o produto/marca é bom ou não é? Afinal a opinião desse blogueiro pode ser comprada assim fácil? Como vou confiar na opinião dele novamente se por um valor X ele vai ter a opinião moldada de acordo com o anunciante?
Para mim a palavra dos tais formadores de opinião nunca valeram merda (no caso de resenhas e tal, em geral essas pessoas tem excelentes textos) e portanto não sirvo como métrica para os famigerados "analistas de mídias sociais/modelo/manequim/apresentador de programa infantil". Acredito que o gado sequer vai questionar e para o anunciante, entre atingir 1 milhão e ficar com a imagem arranhada com 10... acho que ela nem tem muito o que pensar.

Foi isso que aconteceu com o famoso (na internet) e operístico Carlos Cardoso. Detalhes você pega aqui nesse post do Eden e nesse do Buchecha. Uma versão mais acida, aqui o post do escriba Israel Nobre (a.k.a Kid). Atentem para os comentários também.

Minha opinião: para mim é muito fácil falar daqui da minha confortável cadeira. Não sei onde o calo dele aperta e não sei detalhes do acordo que ele firmou. Mas eu sempre digo: tudo e todos tem uma etiqueta de preços em algum lugar. Uma hora alguem vai achar a sua e você vai ter que escolher. Me agradou? Nem um pouco. Problema meu? Nem de longe.

Só acho que essa vida de blogues independentes é muito arriscado para alguem que espera tirar o sustento disso. Na minha modesta opinião de idiota, blogues como o do Cardoso deveriam fazer parte de grupos de mídia que pagariam ele para ter sua opinião veiculada, de maneira totalmente imparcial. O melhor exemplo que eu vejo desse tipo de aproach é o Walt Mossberg. Tem o background financeiro do WSJ por trás dele e por isso fala o que quiser (ou não, vai saber). Mas o próprio Cardoso as vezes fala demais queimando pontes. Escolha dele, ele sabe melhor desse assunto que eu. E antes que falem que o Mossberg é colunista e não blogueiro: acorda margarida, blogueiro é colunista em mais de um ponto de vista.

Só acho um tanto patético achar que ganhar brindes é medida de sucesso. Não é. Parece aquelas crianças que ganham a melhor bola de capotão da rua e por isso quer ser o dono do jogo. Ouso dizer que passa uma impressão barata para os possíveis clientes.

Alias, li a pouco que nos EUA quem fizer post pago e não deixar claro pode ser multado em até US$ 11000,00.

Enfim, essa é a minha opinião.

Fotos: The Fox Hole e The Rebelution

Ok, entendi... escreverei 1000 vezes no quadro negro: É BUchecha a não BOchecha.
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Bem vindos ao Admirável Mundo Novo


Uma revolução acontece na frente de nossos olhos diariamente desde o surgimento da internet comercial. As pessoas se comunicam e colaboram em tempo real como nunca. Costumes que pareciam irraigados na sociedade a séculos passam a ser adaptados e novas versões surgem senão todo um novo costume passa a ser incorporado por essa sociedade 2.0.

Pessoas em Recife interagem com seus pares em Sao Paulo, Washington DC e Mumbai e as idéias fluem como se todos estivessem na mesma sala.
Estudantes de línguas agora podem praticar o que aprenderam com falantes nativos sem gastar uma fortuna em DDI. Médicos no alto Amazonas podem fazer cursos de especialização no John Hopkins Hospital enquanto engenheiros em Porto Alegre ajudam outros engenheiros em Berlin.
Novas ferramentas surgem semanalmente assim como novas expressões, algumas pretensiosas rotulando coisas mutáveis e instáveis como essa nova sociedade.


As próprias ferramentas criadas para colocar ordem no caos mudam tão rapidamente quanto o caos que ela tenta organizar. O melhor exemplo disso e o Twitter que surgiu com a singela pergunta "o que você esta fazendo?" e desde então mudou radicalmente. A pergunta continua estampando a capa do twitter, mas como um trade mark apenas. Se quando ela iniciou foi como um micro blog (lembrando que blog ainda serve para você relatar sua vida, esse é o propósito) onde você escrevia em 140 toques o que você estava fazendo (followers eram amigos e colegas) por força dos próprios usuários se tornou uma ferramenta mais focada em uma espécie de jornalismo comunitário onde o que passou a ser relatado era o que acontecia no seu entorno. Quando isso aconteceu a pergunta já havia mudado para "o que esta acontecendo no mundo ou na vizinhança". Hoje o Twitter esta mudando novamente e a pergunta que que toma o lugar é "qual sua opinião sobre XXXX" ou "qual será a opinião de fulano sobre". E sem falar que com a integração do Twitter em sites e blogs, a pergunta também passa a ser uma afirmação "essa é a opinião do fulano sobre o assunto"

Tudo isso é excelente mas terreno fértil para todo tipo de coisa. Desde spams para aumentar o cacete até pseudo-celebridades que brotam na internet assim como novos "talentos" brotam na Malhação. Por outro lado gente que nunca pôde dar sua opinião (boa, mas não tinha ninguém para ouvir... ou ruim, mas ai ninguém queria ouvir) encontrou o canal perfeito para isso. Barato, abrangente e sem o incomodo cara-a-cara.


Há gente muito bacana, interessada e interessante, na internet expondo livremente suas opiniões e colhendo em tempo real as reações. Assim como há os medalhões da internet que cagam regras para todos os usuários, mas que fazem escândalo quando alguém aponta suas incongruências... "eu posso cagar regras por eu ser eu, mas você não pode apontar minhas idiossincrasias porque qualquer um que discorde de mim na verdade tem inveja do meu 'sucesso'e por isso me persegue". Sem falar que todos que não seguem o modelinho pré estabelecido nas cabecinhas deles é digno de ser chicoteado em praça publica… "democracia de estilos e opiniões servem apenas para os outros".
Outros tantos são "analista de mídias sociais". Alguém me explica, como se eu tivesse 5 anos, o que é um analista de mídias sociais? É alguém que aplica regras de mercado aprendidas na faculdade de publicidade, regras essas validas para um mercado do século passado, na atual sociedade 2.0?

O Twitter é a coisa mais interessante que surgiu nesses dias. Muita gente bacana, que você só lia artigos ou que eram obrigados a ficar atrás de relações publicas, encontraram uma ferramenta para falar o que quiser, quando quiser e como quiserem. Claro que tem os que tolhem essa liberdade de expressão pois vem essas pessoas como "especiais, infalíveis, impossíveis de falarem besteira" mas eis ai a beleza da coisa: eles deixaram de ser tudo isso, deixaram de lado o personagem que eles são obrigados a encenar no dia-a-dia e se tornaram mais um na multidão. Claro que mais um com milhares de seguidores, mas apenas mais um. Que fala besteira. Que reclama do chefe. Que dá em primeira mão noticias que só veríamos nos portais horas depois. E há os que não são bacanas... os que não tem voz no mundo "físico" e que no Twitter vestiram um personagem. Alguns legais e divertidos. Outros patéticos. Os patéticos em geral correm atras de seguidores, mandam RTs de todas as celebridades que encontram no Twitter. Se fazem de relevantes quando a única relevância deles é para um séquito de pessoas sem idéias ou opiniões próprias, que não debatem com medo de entrar na lista negra do ostracismo dentro do universo limitado dessas pessoas.


Mas enfim esse é o preço que se paga para entrar em um outro nível como sociedade. Os erros tem que existir para que não se repitam no futuro. Pessoas, tanto atores quanto espectadores nessa sociedade devem se adaptar ou continuar vivendo no passado.
Muita coisa ainda há de acontecer. Muitas inovações ainda estão nos laboratórios prontas para revolucionar mais uma vez tudo o que conhecemos. E que assim seja, que a partir de agora nada fique estavel tempo suficiente para criar raízes. Que tudo seja mutável diariamente. Que a sociedade realmente entre de vez na onda da aldeia global, tão falada no fim do século passado. Essa é a revolução, que fará melhorar o nivel da educação, das artes e de todas as demais ciências. Enfim, melhora o mundo em geral. Se na idade média, graças a obscurantismo religioso, ficamos na escuridão, esse novo século tem tudo para, se não compensar os séculos perdidos, pelo menos nos colocar um pouco mais a frente,

E BEM VINDOS AO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (que não é exatamente do Huxley, apesar de ser o que algumas pessoas desejam).

Ah e se você leu isso e acha que estou com inveja de você, tente se lembrar que nem todos almejam as mesmas coisas.

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Minha opinião porca sobre o @portocainarede

Esses dias rolou uma ação de midia social (eu nunca entendi o conceito disso) chamado Porto Cai na Rede onde vários blogueiros de vários lugares foram convidados para passar alguns dias em Porto de Galinhas.




Objetivo (acredito): gerar mídia espontânea para a praia de Porto de Galinhas (e adjacências, há muita praia boa em volta de Porto) porque afinal das contas, Google é meu pastor e nada me faltará.
E procurando por Porto Cai na Rede no Google temos cerca de 460 mil resultados.

Citando o Eden, um dos organizadores do evento:


Quanto aos números são mais de 2958 citações no twitter indexadas por sistemas que não indexam todas as citações. 
São mais de 135.000 citações no google.
São mais de 126 posts dos convidados/participantes.
A tag #PortoCaiNarede esteve nos TTs nacionais do Twitter por dias afins - chegando inclusive a ser raptado para uso de spam.
A tag "Porto Cai na Rede" foi a 6a. mais buscada/acessada no Flickr em todo mundo durante determinado período de tempo.
O jogo com o Íbis foi transmitido para todo Brasil via streaming.
Matérias sobre a ação foram publicadas em diversos sites, entre eles o próprio IDG Now e sua cobertura foi capa do Globo.com.
A repercussão certamente foi até maior que a planejada e nos deixou satisfeitos demais.



Ou seja, a ação em si é um sucesso já o retorno "real" é algo mais complexo de ser mensurado e nem pode ser mensurado agora, afinal esse é o tipo de ação que leva um tempo para ter massa critica suficiente.

Mas esse não é o ponto aqui... o ponto aqui é comentar como em um marasmo de geladeirinhas ou brindes meia boca, uma ação conseguiu se destacar e mostrar que sim, é possível fazer algo bacana, com aparente retorno e que deixou todos felizes... patrocinadores, organizadores e claro, os convidados.



A industria de turismo tem uma competição ferrenha, seja com o turismo para o exterior, seja interno pois o que não falta são opções de pontos turísticos no Brasil. Tanto que teve uma criatura que pensou de o "Porto" do nome da ação se referia a Porto Seguro (lugar onde 6 entre 10 "formandas" paulistas ganham o que a Maria ganhou atrás da horta. As outras 2 já ganham faz tempo e as 2 restantes são feias demais, ate para adolescentes espinhentos ) e não Porto de Galinhas. Além de muita gente abonada não ter idéia os mimos que alguns resorts de Porto reservam para eles.


Eu não participei, eu não twittei, eu não escrevi post a respeito. Por alguma razão nas entranhas do meu ser... eu fujo de promoções como o diabo foge da Tammy Gretchen pós saida do armario. Mas acompanhei pelo twitter, olhei os blogs participantes... enfim... fiquei atento ao que rolava.

A lista de blogueiros era enorme, alguns que todos conhecem, outros que eu nunca ouvi falar... vários antagonistas até. A idéia diabolicamente simples: pegar os superstars da blogsfera mais alguns que entraram por sorteio e mostrar o que de melhor Porto de Galinhas tem.
E por que a idéia era diabolicamente simples: passar alguns dias, all inclusive, nos melhores resorts de Porto. A combinação cenário paradisíaco + paparicos de resort só pode gerar como resultado uma avalanche de reviews favoráveis, recomendações e coisas do gênero. O que era o objetivo.

Centenas de fotos no Flickr, videos no Youtube, twittadas, e até um casamento. Isso tudo, claro, chama a atenção dos incautos a procura de um lugar para passar as ferias. Eu como paulista que mora em Pernambuco posso dizer: não há como não se maravilhar com algumas das atrações que temos aqui e é quase impossível não recomendar uma passada em Porto de Galinhas. Imagina então se você ficou no Nannai ou no Enotel?

Mas enfim, parabéns aos organizadores da ação, que mostra que nessa internet, que mais parece um cenário de filme de Sergio Leone, quem tem a melhor arma consegue prender o bandido e levar a recompensa.

Claro que agora começa os #mimimi de sempre de gente que perdeu e não se conformou... de gente que não participou e também não se conformou. Gente que escreveu posts com afirmações no mínimo rasas... gente que falou que a ação era para "azelites"... bem, viajar e ficar em Resort não é realmente target de classe D e E, sorry periferia. Eu sei disso porque como dizem você até sai da periferia mas a periferia não sai de você (adaptado) e em um passado não tão remoto, viagem para mim era fazer um bate-e-volta para Bertioga.

Infelizmente eu estava fora quando ocorreu a ação senão eu iria ficar de paparazzi escondido por lá, tirando fotos comprometedoras para vender para os tabloides londrinos.

E como eu li que foi tudo uma maravilha e as picuinhas virtuais não existiram no mundo real... eu sei, sonhar um sonho impossivel, mas até que poderia rolar a partir de agora uns crossovers hein? Tipo Cardodo e Tabet em um Kibedoso ou mesmo o Buchecha com o Felipe Neto... um Pois Bem Remoto.

E btw, eu sei que em Ipojuca nem tudo são flores. Mas uma boa contribuição, se isso te incomoda, é ir lá, se hospedar e gastar os tubos, mandar seus amigos fazerem o mesmo pois isso gera receita para a cidade. E fortalece a industria hoteleira e de serviços que são grandes empregadores.

Ficou interessado? Clique no banner do Porto cai na rede acima (Porto cai na Rede) para ir para a pagina do evento. E eu sei que o Eden e mais o Fabio participaram da organização.

E fico no aguardo para o Tambaba cai na rede!!!
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